São poucos os artistas de quem podemos dizer que estão criando algo realmente diferente. Angiuli certamente é uma delas. Artista completa, aposta na pluralidade da expressão artística e de suas facetas. Basta ver em quantos pilares sua obra se apoia. A italiana que transforma brinquedos em instrumentos musicais e alia sua irreverência ao vasto conhecimento musical que adquiriu de uma formação clássica e uma longa estrada na música, é considerada hoje uma das artistas mais completas e diferentes da música eletrônica. Por tudo isso seu primeiro álbum solo, “Pink in a Bubble“, lançado no último dia 9, foi um dos mais aguardados do aclamado label Stil vor Talent, do alemão Oliver Koletzki, que já lançou alguns dos maiores hits da cena mais underground.

A faixa “Nothing to Loose” ganhou um videoclipe muito interessante. Trata-se de uma animação surrealista (assim como a capa de seu álbum) que mexe com fantasias, relacionamentos, jogos, cotidianos, sombras, o instinto e o desejo. Ficou tão bem produzido e da vontade de assistir várias vezes.

O álbum, que contém 12 faixas autorais, veio durante a tour sul-americana da italiana, que passou pelo Brasil em novembro, onde tocou no Caos, em Campinas, no Warung Tour/Levels em Porto Alegre e no Warung Tour de São Paulo, além da Colômbia, no Sónar Bogotá, e no The Atlantic Room em San Juan, Porto Rico.

O projeto solo Giorgia Angiuli, formado em 2013, transita entre o pop, techno e house, e traz sets combinando teclados, drum pad e theremin com os sons de uma flauta de brinquedo, sax, trompetes e muitos outros objetos. Ao misturar todos esses samples e loops à sua voz de timbres profundos, ela cria um groove vibrante e energético que coloca a pista de dança em chamas.

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