Lollapalooza Brasil 2017: desorganização e filas extensas marcaram o festival

Um festival marcado pela qualidade na apresentação dos artistas e nos serviços gerais, mas também por confusões, desorganização e filas extensas

ViewImageA edição do ano de 2017 do Lollapalooza Brasil, que aconteceu nos dias 25 e 26 de março, deu o que falar. O festival recebeu em média, mais de 100 mil pessoas nos dois dias, ainda contando quem recebeu o acesso para o passaporte nos dois dias ou para apenas um dos dias. Não obstante, ainda, que o evento é um dos maiores da América Latina.

O Autódromo de Interlagos, como toda edição do Lollapalooza faz anualmente, utilizou seus pavimentos para construir quatro palcos, e ainda uma cabine da Skol e da Fusion Drink, onde o frequentador receberia o direito a adquirir uma bebida grátis, ou energético, como no último caso.

Fora o serviço anteriormente citado, o festival contou com preços bastante acessíveis em seus serviços gerais, tanto de fast food, seja no bar comum, nos food trucks ou na Chef Stage, como na aquisição de bebidas (alcoólicas ou não alcoólicas) em geral.

Além disso, vale citar também sobre a apresentação dos artistas nos quatro palcos. Mas considera-se o foco desta página no gênero da música eletrônica. Portanto, merecerá destaque neste post as atrações ligadas ao gênero que se apresentaram no festival.

Vale salientar que vários dos artistas destaque da atual Electronic Dance Music tiveram uma brilhante apresentação no Palco Perry, local este em que apresentou a maioria dos djs notórios da cena, com exceção do The Chainsmokers, que possuem uma forte ligação atualmente com o gênero pop. Merecem destaque, inclusive, as apresentações realizadas pelos Djs Vintage Culture e Martin Garrix, artistas estes melhor classificados na apresentação de cada um dos dias em que ocorreu o festival. Reconhecidos mundialmente, decidiram mostrar seu talento em larga escala no palco, tanto nas estruturas luminosas, como na qualidade da sonografia, durante um set de 1h e 15min.

É importante observar que, do festival, não há de se extrair apenas pontos positivos. Quanto a isto, vale ainda citar a respeito de algumas peculiaridades, tanto na oferta dos serviços do evento, no tamanho das filas, na administração da imprensa, o pequeno espaço dos palcos, inclusive o Perry, e outros fatores além.

Em um primeiro ponto, há de se citar a respeito da oferta de serviços gerais do evento, que não era farta para o número do público esperado. Com os tamanhos de filas intermináveis e horas e horas de de espera para estocar mantimentos e bebidas, este é um ponto negativo percebido por grande parte do público e que merece destaque também neste post.

Alem disso, vale ainda citar a superlotação dos palcos e, ainda, a desorganização, tanto no que se remete à quantidade dos frequentadores como por parte da administração da imprensa do evento.

Num primeiro ponto, considerando o pequeno espaço para um número de público previamente delimitado, em especial no Palco Perry’s, por ser marcado por ilustres djs e produtores do ramo eletrônico, foi nítida a superlotação do local em ambos os dias. Foi necessário o controle reforçado das seguranças locais para que evitasse confusão e bagunça ao transitar entre os palcos.

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Além da superlotação, em destaque ao Palco Perry’s, vale ainda citar a falta de educação com o público ao tentar deixar os frequentadores transitarem para uma área próxima ao palco, ou mesmo para sair do local com emergência, principalmente para a grade, e ainda, o desrespeito e a ignorância entre as pessoas, por parte destes. Foi observada a cena de um rapaz quase em situação de desmaio e este fora empurrado por parte de pessoas que foram para frente. Além disso, não havia paz para quem estava principalmente perto da grade. O frequentador era obrigado a ouvir e acatar opiniões de outrem para não se mexer, ou não pular, mesmo sem a intenção de machucar o outro, e, sobretudo, para evitar brigas.

Infelizmente, o público de hoje prefere guerra a paz, e neste festival, representou tudo ao contrario do lema P.L.U.R, prezado em grande partes dos festivais eletrônicos.

Outro fator que ainda deve ser comentado é a respeito da administração da assessoria de imprensa do evento, que deixou a desejar, barrando vários veículos especializado em música eletrônica e  fontes importantes da cena, e priorizando apenas não somente os grandes patrocínios como veículos ligados exclusivamente ao gênero pop e rock/metal. Isto representou falta de respeito com grande parte da imprensa, principalmente aos veículos da EDM, gênero este atualmente expandido e valorizado no mercado da música e, que cresce a cada dia no Brasil.

Acredita-se que tais fatores poderão ser corrigíveis para a próxima edição, com o intuito de melhorar tanto a oferta e estoque do serviços gerais do festival como da qualidade dos serviços oferecidos.

Para os admiradores e frequentadores, se espera que a line up do próximo ano será anunciada, ainda, em outubro deste ano, e que sejam feitas algumas mudanças para melhora no controle tanto do fluxo de mercadorias como de pessoas e no tamanho das estruturas que abarcam as pistas próximas aos palcos.

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