Mais de 60 mil pessoas por dia no festival que entrou para a história como um dos maiores e mais bem sucedidos projetos já realizados no país. Desde a quinta-feira, quando os portões foram abertos para os cerca de 20 mil pagantes que optaram por se hospedar na Dreamville, a cidade fantástica construída especialmente para o evento, com suas 60 lojinhas, mercado, padaria, barbearia, 1890 barracas de camping, 30 chalés e 300 lodges, circularam pelos gramados e palcos armados no 1.2 milhão de metros quadrados do Parque Maeda 180 mil pessoas, 20 mil a mais que a população de Itu, palco da grande festa, que só na sexta-feira teve mais de 1.6 milhão de visualizações únicas no site oficial tomorrowlandbrasil.com – sendo 53% delas feitas por brasileiros. Do total do público, 30% veio de 62 países, a maioria (80%) da América do Sul. Argentinos, chilenos e colombianos lideram a lista, seguidos por bolivianos, uruguaios e peruanos. Do Brasil, além de paulistas, vieram mineiros, cariocas, pernambucanos, gaúchos, baianos, goianos e até caravanas do Acre e de Roraima.
Todos os hotéis da região tiveram mais de 80% de ocupação durante o evento, de Sorocaba a Campinas, e para que o fluxo de carros, vans, ônibus e táxis transcorresse sem grandes problemas, foi montado um super esquema de logística e acessibilidade que permitiu a todos irem e virem sem grandes problemas. A segurança também acompanhou a dimensão da festa: cães farejadores, 96 câmeras monitoradas por uma central de controle montada no local e detector de metais garantiram 12 horas de música e diversão por dia; as tendas de achados e perdidos funcionaram como previsto. Nos ambulatórios, nenhuma ocorrência grave foi registrada, assim como nas delegacias da região.
Da Bélgica vieram 200 experts para fazer o sonho do Tomorrowland se realizar no Brasil: comandados por eles, um exército de 5 mil trabalhadores, entre brasileiros e belgas, construiu 10 quilômetros de estradas, 101 tendas de bebidas e comidas de diferentes países (destaque para o espaço belga, onde eram vendidas as legítimas batatas fritas, chocolates, waffle e cerveja importada) mais inúmeros elementos de cenografia que decoravam o parque, como cogumelos e flores gigantes, pórticos, pracinhas e arco-íris. Para tanto, foram usadas mais de 10 toneladas de aço, 5 quilômetros de madeira de construção, 350 quilos de cola e 3 mil rebites.
Nos sete palcos, se apresentaram 178 atrações de 19 países, das novas promessas a tops que já tocam nas melhores festas do circuito europeu; o line up eclético, com DJs de hip hop a deep house, trance e drum’n’bass, foi resultado de uma intensa pesquisa de mais de dois anos com os fãs brasileiros do festival nascido em 2005, na cidade de Boom, na Bélgica. O main stage foi o grande destaque do festival. O palco tinha de 130 metros de largura por 28 de altura, e o cenário, com o grande Book of Wisdom, com seus 28 metros de altura e páginas em LED, mostrava ao vivo tudo que acontecia na plateia e na pick up. Os inúmeros efeitos especiais, com fogos de artifício e fumaça, chuva de papel e labaredas, garantiram o show dos mais de 30 DJs que lá se apresentaram, entre eles o americano Steve Aoki, os belgas Dimitri Vegas & Like Mike, as gêmeas australianas Nervo, os holandeses Afrojack e Armin van Buuren, além do francês superstar David Guetta, que fechou a maratona de 36 horas de música na festa que consumiu 200 mil litros de cerveja. Destaque também para as datas anunciadas da segunda edição do Tomorrowland Brasil, ano que vem, que acontece entre os dias 21 e 23 de abril. O show vai continuar.