Sob o tema “The Key to Happiness”, mais uma vez, brasileiros e estrangeiros testemunharam um dos maiores encontros de música já realizados no país. Sucesso de público, a segunda edição do Tomorrowland, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de abril no Parque Maeda, em Itu, reuniu cerca de 150 mil pessoas, entre fãs e staff.
Desde a quarta-feira, quando os portões foram abertos para os cerca de 20 mil pagantes que optaram por se hospedar na DreamVille, a cidade fantástica construída especialmente para o evento, circularam pelos gramados e seis palcos um público amistoso vindo de 69 países, a maioria da América do Sul. Argentinos, chilenos e colombianos lideram a lista, seguidos por bolivianos, uruguaios e peruanos. Do Brasil, além de paulistas, vieram mineiros, cariocas, pernambucanos, gaúchos, baianos, goianos e até caravanas do Acre e de Roraima.
Todos os hotéis da região tiveram a maior parte dos quartos ocupados durante o evento, de Sorocaba a Campinas, e para que o fluxo de carros, vans, ônibus e táxis transcorresse sem grandes problemas, foi montado um super esquema de logística e acessibilidade que permitiu a todos irem e virem sem grandes problemas. A segurança também acompanhou a dimensão da festa: cães farejadores, câmeras monitoradas por uma central de controle montada no local e detector de metais garantiram 12 horas de música e diversão por dia.
Um exército de trabalhadores, entre brasileiros e belgas, construiu dezenas de quilômetros de estradas, centenas de tendas de bebidas e comidas de diferentes países (destaque para o espaço belga, onde eram vendidas as legítimas batatas fritas, chocolates, waffle e cerveja importada) mais inúmeros elementos de cenografia que decoravam o parque, como cogumelos e flores gigantes, pórticos, pracinhas e arco-íris. Para tanto, foram usadas mais de 10 toneladas de aço e 5 quilômetros de madeira de construção que vieram em 82 contêineres diretamente de Antuérpia.
Nos seis palcos, se apresentaram cerca de 140 atrações de 19 países, das novas promessas a tops que já tocam nas melhores festas do circuito europeu, um line up eclético, com DJs de deep house ao techno, trance e drum’n’bass. O main stage foi o grande destaque do festival. O palco tinha de 120 metros de largura por 42 de altura – sendo o maior já montado na história dos festivais no país – e o cenário, sob o tema “The Key to Happiness”, mostrava ao vivo tudo que acontecia na plateia e na pick up. Os inúmeros efeitos especiais, com fogos de artifício e fumaça, chuva de papel e labaredas, garantiram o show dos quase 30 DJs que lá se apresentaram, entre eles os belgas Yves V, Dimitri Vegas & Like Mike, os suecos Alesso e Axwell /\ Ingrosso, os holandeses Afrojack e Armin van Buuren, além do brasileiro Alok e do francês superstar David Guetta, que fechou a primeira noite da maratona de 36 horas de música.
E para coroar a festa, um after party como se não houvesse amanhã fechou com chave de ouro a segunda edição nacional da maior festa belga que o mundo já viu. A partir das onze da noite de sábado, no AnzuClub, em Itu, uma seleção poderosa de DJ’s incendiou a noite até o dia amanhecer. Na pista, o alemão Solomun, que fez um set inesquecível na primeira edição do Tomorrowlando Brasil, no Warung Stage; o belga Yves V, um dos residentes do festival e eleito um dos 100 melhores do mundo pela DJ Mag; o holandês Karmon, nome obrigatório nas pistas do verão europeu.
A seleção brasileira foi campeã. No line up, os DJ’s Rotche, nova promessa da cena eletrônica paulista, Rogerio Soldera, residente do AnzuClub com seu house fino, deep house e nu-disco infalíveis, e Anna, radicada em Barcelona que já teve suas produções entre as mais procuradas nos charts de techno do Beatport, além de já ter se apresentado ao lado dos maiores nomes do cenário mundial, entre eles Carl Cox, Dave Clarke e Josh Wink. Imperdível, para deixar saudades e vontade de voltar ao Tomorrowland do ano que vem.